domingo, 17 de outubro de 2010

Encontro

O dia que amanhece, amanhece diferente pra mim. A estrela que brilha, tem luz diferente pra mim.
Dentre milhões de pessoas em milhões de circunstâncias banais, tudo conspirou pra que eu só enxergasse você. Agora, pelo menos nessa dimensão, nesse tempo-espaço, somos parte um do outro.
Palavras, que sempre me vêm à cabeça tão facilmente, se calam cheias de respeito, diante do ocorrido. Destino? Retorno? Encontro?
Só agora parei pra pensar na força arrasadora da palavra "encontro".
"Encontro".
Simples. Assustadoramente simples, pra algo que promete mudar minha vida, mudar a mim, mudar os tempos futuros além da minha forma transitória nessa existência, mudar o brilho de uma estrela remota e ignorada a anos-luz de distância.
Tem uma voz dentro de mim que me avisa como vai ser intenso o que vem por aí. A voz me diz como você é único e eu sorrio comigo, concordando. A voz especula como você deve ser em situações diferentes dessa vida e eu me encho de certezas, mesmo sem conhecer nada de você. A voz me diz que você é perfeito pra mim e eu confio, ciente da inteligência maior que está por trás do que vai acontecer. A voz me diz que não vai ser fácil, mas eu prometo a coragem dos que amam em troca do destino final.
Logo eu, que já briguei tanto com a voz. Logo eu, que já ignorei tanto a voz. Bastou baixar a guarda por alguns segundos que quando dei por mim, estava denovo de tête-à-tête com a voz do meu coração.
Só agora parei pra pensar na força arrasadora da palavra "encontro".
É inegável. É definitiva. É atemporal. É crua. Independe de adjetivos. Dispensa grau de intensidade. Não forma locuções. Não se faz verbo. Não tem origem. Não tem fim.
A voz estava certa. Não é amor.

É encontro.

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